terça-feira, 11 de novembro de 2008

Polémica

..."uma notícia do jornal Washington Post sobre os haves e have-nots, os que têm e os que não têm, nas piscinas. Os campeonatos universitários de natação americanos estão desvirtuados: a luta de classes mergulhou neles. Por causa do fato de banho feito em Portugal, o Speedo's LZR Racer, que o olímpico Phelps tornou famoso. Caro, cerca de cem contos e de usar e deitar fora, só está ao alcance dos ricos. Ora aqueles campeonatos, além de descobrirem as promessas da natação americana, eram um lugar democrático. Um corpinho talentoso e uma tanga bastavam na natação, o mais despido dos desportos. Agora, é preciso boa conta de banco."

O que acha deste excerto do artigo de opinião de
Ferreira Fernandes no DN de 10 de Novembro?

14 comentários:

Anónimo disse...

Ridiculo é os pais comprarem fatos aos cadetes.

Anónimo disse...

Estes fato fazem sentido para nadadores de topo.
na Alta- competição todos os pormenores contam!

Anónimo disse...

Fatos para os cadetes? estes fatos como toda a tecnologia devem ser implementados e deixar-se de tretas de democraticidades que são sempre uma boa desculpa para se andar para trás em vez de se tentar progredir. Os fatos custam 100 contos, e um estágio em altitude quanto custa? e um fastskin FS Pro II custa assim tão menos?
Que se ponha uma idade mínima para se usar este tipo de fatos não sou contra, mas também não sou a favor, mas muito mais importante que usar esse tipo de fatos nos cadetes é o treinador e principalmente os pais terem o bom senso de não quererem uma evolução muito precoce à custa de treinos não condicentes com a estrutura corporal dos nadadores de 10-11 ou 13 anos ( e estou a falar da estrutura corporal e não do B.I.)

Deixem a evolução entrar na natação e não se queira que se volte aos fatos de banho do princípio do século passado. Se tudo evoluiu é bom que a natação não fique de fora para as crianças terem motivação para serem nadadores e não preferirem outros desportos que permitam os avançao da ciência e os tornem dessa forma mais atractivos

Quanto ao facto de só os "ricos" poderem adquirir os LZR, se esse fosse argumento então também só os "ricos" poderiam praticar natação pois que é um pouco difícil ter piscinas de 50 metros cobertas e com todas as condições em países como a Etiópia.

A polémica sobre o LZR mais não é que guerras de guerrilhas das outras marcas que não conseguem um fato competitivo como conseguiu a Speedo. No dia em que as outras marcas o conseguirem acabaram-se estas polémicas que nada visam senão interesses económicos e lucros nas vendas

Anónimo disse...

Vamos a contas para verificar o preço dos LZR.

Preço do LZR no site da Speedo - USA 550 dolares ( 430 euros )

Preço de um maço de tabaco 3 euros

Ou seja um LZR custa números redondos 143 maços de tabaco

Se se fumar 1 maço de tabaco por dia um LZR custa o equivalente a 143 dias de dinheiro gasto para tabaco, ou seja menos de 5 meses

Assim sendo pode comprar 2 LZR por ano, poupar dinheiro e melhorar a saúde

LZR na prevenção do cancro do pulmão

Anónimo disse...

muito bem pensado!!

Anónimo disse...

tb podemos comparar com os perservativos?

Anónimo disse...

Com os preservativos não que é preciso aumentar a natalidade em Portugal mas podes comparar com o viagra

Anónimo disse...

Acho que em capeonatos regionais devia ser proibido fatos.
E nos nacionais só a partir de juniores.
As crianças devem melhorar a tecnica e os treinadores devem implementar bons programas de treino que façam os atletas evoluir gradualmente sem hipotecar o futuro.
fatos topo de gama só fazem sentido em atletas de elite e em competições nacionais de topo e internacionais.

Anónimo disse...

Na minha modesta opinião não há comentário mais saloio e sem qualquer tipo de justificação do que o das 11:28.
Talvez seja melhor começarem a usar fatos de pano, toucas com florzinhas, óculos só se forem de mergulhador, enfim em vez de serem um desporto competitivo passaria a ser uma modalidade circense em que os palhaços iam para dentro de água e até podiam usar boias e braçadeiras

Cirque du soleil em prespectiva

Anónimo disse...

A competição de elite não é reprentativa do esforço financeiro para os pais com a natação. São muito poucos e obtêm patrocinios mais facilmente.
Os fatos devem ser usados apenas por nadadores já formados e com resultados.
Se nos escalões de formação os fatos forem erradicados continua a haver COMPETIÇÃO mas poupa-se dinheiro, que deve ser canalizado para outras coisas mais importantes.
Em relação ao comentário anterior
- se não tem capacidade para argumentar não seja indelicado.

Anónimo disse...

Exº srº anónimo das 16:03
tanta ignorancia era escusada

O Belenenses tem vários nadadores de alta competição e por sinal a única que tem patrocínio é nadadora de Águas Abertas que obviamente não usa LZR.
Mais nenhum nadador tem patrocínio mas vários fazem parte de selecções nacionais

Quando não se sabe do que se fala está-se calado, informa-se e fala posteriormente com conhecimento de causa


Com os melhores cumprimentos

P.S.: cada um é que sabe o que fazer ao seu dinheiro e se quer gastá-lo a comprar LZR ninguém tem o direito de o impedir pelo menos em Portugal. Talvez na Venezuela o não possa fazer mas em Portugal ainda pode

Anónimo disse...

..."Agora, é preciso boa conta de banco."
O ultimo comentador termina como o texto.
Os que têm dinheiro estão em vantagem.

Anónimo disse...

Desde quando é que ter dinheiro é obrigatório ser uma desvantagem?

Por acaso até costuma ser desvantagem ter dinheiro, não pelo facto de se poder adquirir todo o material necessário à evolução no desporto ( seja natação ou outro qualquer ) mas sim pelo facto de ter oportunidade de se viver desafogadamente, não estando habituado a maior rigor e disciplina e por ter acesso a muitos outros chamamentos mais atractivos e que não requerem qualquer tipo de sacrifícios.

A natação não é um guetto dos pobres, não existe um apartheid anti-dinheiro. Não existe, não pode existir e é desejável que nunca exista.
Se fosse aceitável o argumento de que quem tem dinheiro não o deve usar para adquirir material que potencie as suas capacidades atléticas e por tal motivo se proibisse o uso de fatos LZR, por exemplo, também teria de ser aceitável o fecho de escolas particulares que dão mais atenção aos alunos ( e por isso também eles pagam mais ) pois assim ficam em vantagem no acesso ao ensino superior. Também teriam de ser proibidos os transportes particulares pois assim também ficariam em vantagem em relação aos que têm de usar transportes públicos pois dispendem mais tempo nas deslocações e dessa forma ficam com menos tempo para descansar. Também teriam de ser uniformizadas as refeições pois quem mais dinheiro tem pode alimentar-se melhor ( eu disse melhor e não em maior quantidade ). Enfim se fosse aceitável o argumento do dinheiro só restava a hipótese de se proibir ( que tal criminalizar?) a prática de qualquer desporto pois não era possível por todos em igualdade de condições.
Isto para não se argumentar que os atletas que treinem com empenho deviam ser pura simplesmente irradiados pois que há outros que só vão aos treinos passar tempo e tomar uns banhos e que dessa forma ficam também em desigualdade de condições pois levam o desporto de "competição" como uma forma de lazer mas nas provas competem ( e até são sistematicamente desclassificados ou fazem FTL ) com os energúmeros nadadores que se esforçam nos treinos só para estarem em vantagem em relação àqueles.

Tal como alguém disse acima, se se gastar dinheiro em LZR's e se deixar hábitos muito prejudiciais, a imensa maioria dos nadadores portugueses de todas as idades podem adquirir um ou mais LZR. Só que há os que se sentem realizados a obter resultados na natação e abdicam de muitas coisas e há os que não querem abdicar de nada ( jogos de computador, cinemas, festas, idas a bares, etc. etc. etc. ) e preferem fazer-se de Kalimeros queixando-se que os outros é que tudo têm.

Termino dizendo que não é o dinheiro que traz algum tipo de vantagem mas sim os objectivos de cada um. Quando se quer alguma coisa , mas quer de verdade, abdica-se de umas outras coisas secundárias e atinge-se a prioritária. O que não se pode é querer tudo e muito menos querer ter à custa de os outros serem proibidos de terem aquilo para que lutam

Anónimo disse...

Estão cumpridos os objectivos deste "post".
A polémica é salutar. Pode e deve haver pontos de vista diversos.
Desde que exista tolerância e respeito todos podem reflectir sobre temas que estão na actualidade.
Este blog não deve servir apenas para dar notícias sobre os nadadores. Existem novas dinâmicas a explorar e que podem enriquecer-nos.